Confira quais serão as motos mais importantes lançadas na segunda metade do ano. Montadoras prometem motocicletas premium com preço acessível.
O segmento de motocicletas está a todo vapor em 2024. Basta ver que o número de motos vendidas teve aumento de 19,7% no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da federação dos distribuidores (Fenabrave).
Outro número que chama atenção é o da produção de motocicletas no primeiro semestre de 2024, que teve aumento de 13,5% se comparado ao mesmo período de 2023. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo).
Essa alta pode ser explicada pela elevação nos preços dos carros e também pelo comportamento do consumidor, que vê nas motocicletas uma alternativa mais acessível para deixar o transporte público.
“O cenário econômico continua favorável e tivemos 19 lançamentos de motos na primeira metade do ano. A moto é um veículo que contribui muito a melhorar a mobilidade nas grandes cidades. A crise sanitária de Covid-19 aumentou o consumo de motocicletas em todas as modalidades: delivery, no dia a dia e para o lazer”, afirmou Marcos Bento, presidente da Abraciclo.
A partir desta nova perspectiva dos compradores, as marcas estão investindo cada vez mais em comodidade e facilidade de pilotagem, conforme o g1 já mostrou com os lançamentos das novas Honda Pop 110i ES e da scooter Elite 125.
E não é só na reformulação de produtos no mercado que as marcas apostam, mas na forte ampliação de portfólio para captar o coração daquele cliente que ainda não faz parte do mundo sobre duas rodas.
Essa diversificação do perfil é provada através da divisão de mercado de cada fabricante. Segundo levantamentos da Fenabrave, a Honda dominava 80,36% do mercado, enquanto Yamaha abocanhava 12,56%, e na terceira posição aparecia a Dafra com 1,45% no período de janeiro a junho de 2014.
Hoje, 10 anos depois, o cenário demonstra um recuo do domínio da Honda, que fica com 70,76% do mercado. Ainda existe uma fatia grande para a montadora japonesa, mas houve um crescimento importante da Yamaha, que subiu para 17,52%, e da Shineray, com 3,27%, surgindo no pódio das três mais vendidas.
A BMW já começou a produzir a R12 na fábrica de Manaus e a motocicleta está prometida para setembro.
Com motor boxer de dois cilindros, ela é capaz de entregar potência de carro de entrada: 95 cv e 12 kgfm de torque. Suas rodas são de 19 polegadas na dianteira e 16 polegadas na traseira.
Além de ter um visual bastante chamativo, que mescla características de estradeiras (mais baixa e com posição mais confortável de pilotagem) e naked (deixando à mostra as partes técnicas como motor e sistema de escapes), a R12 tem um bom pacote tecnológico.
Tem controle de cruzeiro adaptativo (que segue um veículo à frente), assistente de partida em subidas (que segura a moto até engatar a marcha e começar a arrancar), controle de pressão dos pneus, painel TFT com conectividade para celular e chave presencial.
Preço estimado: entre R$ 65 mil e R$ 75 mil
Ducati Scrambler
Prevista para outubro, a Scrambler terá mudanças sutis no visual: novas abas para o tanque, iluminação totalmente em LED e o formato do farol em “X”.
Apesar de redesenhadas, as rodas permanecem com 18 polegadas na dianteira e 17 na traseira. O motor de dois cilindros possui 803 cilindradas e entrega 73 cv de potência e 6,7 kgfm de torque.
Para facilitar a pilotagem, o modelo italiano traz ainda acelerador eletrônico, quickshifter (que é a possibilidade de passar as marchas sem utilizar a embreagem), modos de pilotagem e ainda um novo painel em TFT.
Preço estimado: não divulgado
Honda
A Honda já reformulou alguns produtos no primeiro semestre (Pop, Elite e Tornado), mas ainda tem muitos outros para adequar ao PROMOT 5, o Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos que começa a valer a partir de janeiro de 2025.
Honda CG e Bros devem ter atualizações em seus propulsores de 160 cilindradas para se “alinharem” ao marco regulatório. Não se sabe, no entanto, se elas perderão potência, como tem ocorrido com algumas motocicletas da montadora para entrarem no novo padrão.
Procurada pelo g1, a Honda não comenta os lançamentos.
Abaixo, as novidades da marca.
NX 500
A Honda mantém segredo sobre suas estratégias de lançamento, mas há um fato: a marca afirmou que seriam 10 lançamentos em 2024 e até agora só três foram revelados.
Assim, tirando as atualizações de motores (CG e Bros), ainda faltam cinco. Uma delas é a NX 500, que deve ser lançada até o fim do semestre. Ela é a substituta da CB 500X.
Preço estimado: não divulgado
Hornet 500
A outra é a CB 500 Honet, que foi apresentada no Salão de Milão deste ano. A Hornet chegará para substituir a CB 500F.
O motor é o mesmo para a versão aventureira (NX 500), com 471 cm³ que rende 48 cv de potência e 4,3 kgfm de torque. A Hornet virá com controle de tração para ficar mais dócil para motociclistas iniciantes.
Preço estimado: não divulgado
ADV 160
Assim como a PCX, a scooter mais vendida do Brasil, que passou por uma alteração de motor no ano passado, a ADV, versão aventureira, também passará pela mesma evolução.
Parece pouco, mas nesse segmento faz bastante diferença migrar de um motor de 150 cm³ para 160 cm³. Principalmente porque o novo propulsor 160 apresenta a potência de 15,8 cv, mas sobretudo o torque de 1,5 kgfm, em rotações mais baixas, o que auxilia nas melhores arrancadas e economia de combustível.
Se este motor, que já está presente na ADV na Indonésia, realmente vier para o Brasil, haverá um incremento de potência e torque significativo: mais 2,6 cv e 0,2 kgfm, respectivamente.
Preço estimado: não divulgado